AS
MUDANÇAS DE HOJE EM DIA
Paulo Tarciso.
Buíque-PE
Com licença
meus amigos
Para outra vez
conversar
Sobre as
mudanças no mundo
Que sempre estão
a chegar
Como dizia
Cazuza:
“Tempo não
pode parar”.
Vem mudança
toda hora
Chega de noite
e de dia
As vezes até
perturba
Pois antes não
existia
Toda mudança
incomoda
Assim alguém
já dizia.
Vou começar
lhe falando
Sobre o tal computador
Também sobre a
informática
Que esse mundo
revirou
Encurtando o
planeta
Num quintal se
transformou.
Hoje quem está
na China
Conversa com
brasileiro
Olhando na sua
cara
Se quiser até
dá cheiro
Envia seu
documento
E até mesmo
dinheiro.
Tem gente que já
namora
Se vendo na
internet
Depois noiva e
se casa
Felicidade
promete
Um do sul
outro do norte
Ou mesmo Leste
e Oeste.
Moça no interior
E o rapaz na capital
Se conhecem
desse jeito
Batendo um
papo legal
Terminam indo
ao altar
Bênção
matrimonial.
Outra invenção
das boas
Foi o tal do
celular
Mudou o
comportamento
Todos estão a
usar
Até o preço
baixou
Quando o
freguês for comprar.
Serve pra
mandar notícias
Também pra se
encontrar
Para encurtar
a distância
De quem tá
longe do lar
Um instrumento
importante
Que hoje é tão
popular.
Outra mudança
marcante
É pra se
divorciar
Hoje é só ir ao
cartório
Quem
arrependido está
Os dois fazendo
acordo
Nem Juiz vai
precisar.
Agora outra
mudança
Que essa eu
não gostei
São músicas de
hoje em dia
Um verdadeiro
“aperrei”
Léc, léc,
empurra, empurra
Pocotó,
gritei, gostei”.
Outra que a
gente vê
E vou
parabenizar
Todo cargo e
profissão
A mulher
presente está
Tá crescendo
em disparada
Homem tem que
se cuidar.
É juíza, é
Delegada
Policial e
promotora
“Presidenta”
do Brasil
De empresas
diretoras
Deputada e até
ministra
E também
governadora.
Sua luta
continua
E pra amansar
machistas
A Lei Maria da
Penha
Foi uma grande
conquista
Já tá mudando
a cultura
De presos é
grande a lista.
E continuam as
mudanças
Em toda esfera
da vida
Quando um pai
nega seu filho
DNA vem na
lida
Descobre o seu
genitor
Sem erro e
ninguém duvida.
Copiar, colar
é a moda
Control, shift
e caps lock
Tablests ,
pendrive e chip
Tem também o
not boock
Chat e MSM
Outra moda é o
Faceboock.
A carta
escrita à mão
Há muito não
se vê mais
Telefone
convencional
Também ficou
para trás
Só empresa
ainda usa
Mesmo assim
olha o que faz.
Elepê fugiu da
moda
Também passou
o CD
Num chip se
grava tudo
Tem festa lá
no AP
Até coleção de
artista
Se baixa hoje em
PC.
Carro de boi
na estrada
Só mesmo se
for na foto
Jumento com
caçuá
Com saco ou
qualquer pacote
É coisa do
tempo antigo
O que se vê hoje
é moto.
Quando você ia
ao banco
E chegava a sua
vez
Um funcionário
chamava:
- Pode chegar
D. Inez!
E chamava pelo
nome
Com muito
trato e cortez.
Hoje em dia é
uma máquina
Que fica ali
apitando
Um número bem
complicado
Fica na luz só
brilhando
Se o matuto
não entende
Vê a sua vez passando.
Outra coisa é
o dinheiro
A gente nem vê
a nota
Usa é cartão
de crédito
Cada qual com
a sua cota
Passou na
máquina pagou
Compra pão, sapato
e bota.
Recebe,
empresta e paga
Mas não pega
na moeda
Decora só uma
senha
E umas letras
das certas
Encerrada a
transação
Por fim num
botão aperta.
Quando ligo a
TV
Não tem Cawboy
ou Tarzan
Tem “Big
Brother Brasil”
“A Fazenda” ou
coisa vã
Pegadinhas
humilhantes
Desse tipo não
sou fã.
A moça quer
ter bumbum
É Silicone botar
Quer ajeitar o
nariz
A plástica vai
consertar
Querendo
aumentar os peitos
É só dinheiro
gastar.
Pra esquentar
a comida
Em vez de fogo
a carvão
Agora é no
microondas
Pipoca, arroz
ou feijão
É só escolher
os minutos
E apertar no
botão.
Livro em folha
e papel
Agora se vê na
tela
Ao menos não
vai ter mofo
Nem mesmo a
cor amarela
É só um clicar
e ir lendo
Até a imagem é
mais bela.
E as notas da
escola?
Em vez de zero
a cem
Agora mudou em
tudo
Mas não
reprova ninguém
Mesmo sem ler
e escrever
Matriculou-se,
está bem.
E pra quem
quer acordar
Cedo ou de
madrugada
Não precisa do
relógio
Dos que dar
corda pesada
É só ligar o
celular
Que até a voz
é pausada.
Assim caminha
o mundo
Mudanças
aceleradas
O velho não
acompanha
Seus passos na
caminhada
Agora o moço
entende
A mente está
preparada.
Algumas coisas
mudadas
Foram bem
vindas pra o bem
Mas sabemos
que moeda
Os dois lados
ela tem
Se alguém usa
pra o mau
Dele vai ficar
refém.
Celular para
um recado
Mesmo pra
matar saudade
O bandido
também usa
Seja preso ou
liberdade
Pra dar dica a
pistoleiro
E fazer
atrocidade.
Computador pro
trabalho
Ou mesmo pra
diversão
É usado pra
manchar
De muitos a
reputação
Internet é
prova disso
Mentira tem de
montão.
Carro de
modelo novo
É coisa muito
importante
Mas o bandido
aproveita
Pra se mostrar
elegante
Assaltar
depois correr
Com um
comparsa ao volante.
Tem agora o
stress
Quando ligo o
celular
E a mensagem
gravada
Nos fica então
a falar:
“Os seus
créditos se acabaram”
Ou mesmo outra
a alertar:
“Telefone
programado
Pra não
receber chamada”
Mas como estou
com pressa
Tento de novo
a parada
Vejo que a
bateria
Já está
descarregada.
Pra
descontrair um pouco
Vou direto ao
PC
Pra baixar
algum arquivo
Ou se um filme quero ver
Mas a “bolinha”
rodando
Rir da cara de
você.
Uma calça eu
preciso
Só tem de
cintura baixa
As canelas bem
fininhas
Eu fico logo
sem graça
Só tem
mostrando o umbigo
Mudaram o
circo e a praça.
Caligrafia
mudou
Agora é
digitação
O erro de
português
O pc faz
correção
E quem sai
feio na foto
Pode ficar
bonitão.
Antigamente
cantar
Era pra quem
tinha voz
Música tinha
poesia
Encantava a
todos nós
Hoje em dia é
palavrão
Nos deixando
em maus lençóis.
O forró de pé
de serra
Aquele do
Gonzagão
No rádio não
toca mais
Trocaram sua
canção
Por um novo eletrizado
Veja só que
confusão!
E as festas
populares
Carnaval,
natal, São João
Perderam a
identidade
Hoje iguais
todas são
Um grande
palco montado
E o povo em pé
em atenção.
Acabou-se a
quadrilha
O frevo não
mais se escuta
E o pastoril
no natal
Cordão azul em
disputa
E “incarnado”
lutando
Para ganhar
nessa luta.
Só resta agora
a saudade
Dos tempos
bons de menino
O respeito aos
mais velhos
Cada vez
diminuindo
Esse o mundo
atual
Dizem que é
evoluindo....
Querem liberar
as drogas
Mas vejam só
que loucura
Passeata todo
dia
Cobrando em
linha dura
Quem não
quiser ver mudança
Vá logo pra
sepultura.
O mundo não
vai parar
Quem muda ele
é o povo
Costumes de
antigamente
Se vê agora em
renovo
Só não muda
essas três coisas
O galo, a
galinha e o ovo.
Buíque, 25 de março
de 2013
Paulo Tarciso
Freire de Almeida
Buíque/PE
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